terça-feira, 22 de julho de 2008

METAMORFOSE



Gostoso leite

Que sai do teu outro seio

Por meio desse, oferecido a mim

Com vontade e carinho

Para fazer vontade a minha poesia

E carinho ao meu desejo

Seio gostoso e verdadeiro

Que sugo com sentimento e prazer

Com o frisson de minha boca

Que prende seu bico com força

De quem quer todo o resto

Suave e grande

Para uma boca pequena

Porem faminta.

Leite que bebo

Pelo contato com teu seio

Para matar a outra fome

E para o paladar da minha outra boca

Também faminta.

Gosto que jamais será sentido

Pela minha boca de carne

E sim pela outra boca que não fala

Só sente o gosto do teu outro leite

Mas não suga o teu seio real.

Carne do teu seio

Que alimentou meu desejo

De você que quero toda

Leite do teu outro seio

Que alimentou minha alma

Com sentimentos a muito não sentido

Mas tão desejado como teu corpo

Para abrigar meu corpo

Corpo que desejo

Que me receba como casulo

E me guarde como homem que sou

E me liberte transformado

Em outro homem que serei

Graças ao calor e a química

Das tuas entranhas

E dos teus sentimentos

Se puro...ele for.

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