sexta-feira, 30 de julho de 2010
Perdão
Ao amor que te dedico, peço perdão...
Perdão pela falta de toques
Perdão pela falta do colo
Perdão pela falta de mim em voce.
Perdão pela falta de você em mim
Perdão pela desatenta atenção
Perdão por não percebê-la frágil
Perdão por não ter me percebido tolo
Perdão por minhas necessidades de você
Perdão pelo seu cheiro que nunca senti
Perdão por seus olhos que nunca vi
Perdão pela falta de ar a cada chegar seu na minha tela
Perdão pelo brilhar dos meus olhos
Que nunca fizeram luz no seu caminhar.....
Perdão pela taquicardia a cada expectativa de sua vinda
Perdão por cada abraço desejado que ficou guardado
Perdão pelo beijo ressecado na boca
Perdão pelo prazer solitário
perdão pelo frisson e aflição de ambos os lados
Perdão pelo passeio na chuva que nunca molharam nossos corpos
Perdão por eu não ter passado de um simples amor virtual
Perdão por tê-lo sentido tão verdadeiro e real....
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Alguém
quarta-feira, 21 de julho de 2010
A MINHA RESOLUÇÃO
Coração, por que palpitas?
Por que palpitas em vão?
Se aquele que tanto adoras
Te despreza, como ingrato,
Coração sê mais sensato,
Busca outro coração!
Corre o ribeiro suave
Pela terra brandamente,
Se o plano condescendente
Dele se deixa regar;
Mas, se encontra algum tropeço
Que o leve curso lhe prive,
Busca logo outro declive,
Vai correr noutro lugar.
Segue o exemplo das águas,
Coração, por que te agitas?
Coração, por que palpitas?
Por que palpitas em vão?
Se aquele que tanto adoras
Te despreza, como ingrato,
Coração, sê mais sensato,
Busca outro coração!
Nasce a planta, a planta cresce,
Vai contente vegetando,
Só por onde vai achando
Terra própria a seu viver;
Mas, se acaso a terra estéril
As raízes lhe é veneno.
Ela vai noutro terreno
As raízes esconder.
Segue o exemplo da planta,
Coração, por que te agitas?
Coração, por que palpitas?
Por que palpitas em vão?
Se aquele que tanto adoras
Te despreza, como ingrato,
Coração, sê mais sensato,
Busca outro coração!
Saiba a ingrata que punir
Também sei tamanho agravo:
Se me trata como escravo,
Mostrarei que sou senhor;
Como as águas, como a planta,
Fugirei dessa homicida;
Quero dar a um’alma fida
Minha vida e meu amor.
Laurindo Rabelo
Mulher
terça-feira, 20 de julho de 2010
GRITO
Um grito saído do fundo da alma...
Não conseguia decifrar
Se era um grito apenas
Ou era o simples apelo
De um corpo querendo amor e amar??
Não sei....como saber o que dizem os grito
Se tudo chega embolado em conflitos
Parecendo uma dança de louco
Sem cadencia ou ritmo
Só movimentos em ebulição e agitos
Como reconhecer isso
Como se reportar a esse clamor
Que ao mesmo tempo um grito doce
E um outro de pânico e pavor???
Pavor sim!!
Se clama por alguém esse grito???
Pergunta sem resposta ou medida...
Vai chegar logo em um sonho
Ou apenas outra despedida?
Que droga!!!!
Sentimentos confusos e agonia
Querê-la novamente ou outra, por que
Se o tempo sempre mata a magia?
Se você..
Uma vinda sem partida
Se outra...
Promessa de não despedida..
Creio ser a solidão
A minha melhor medida
Não amo e não sou amado
Mas também não causo estragos....
Me firo ou provoco ferida...
Indagações
DOCE AMARGO
Não sei se houve troca
Se me deu o que lhe dei
Pois o que era amor declarado
Se sentiu fora da lei.....
Coração em fuga
De alguma coisa ou alguém
Agora somente escondido
De tudo, todos e ninguém....
Sina, sana loucura...
Medo ou apenas desdita
De uma alma maldita
Maldita sim!!
Maldita, chamuscada, sem forma ou cor
Pois é uma alma que queima
No fogo eterno
Do seu DOCE amargo amor....
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Lua
Os sons e sussurros do vento, a tua voz
Em cada gesto seu, existia uma cor
Em meu coração um arco Iris de esperanças...
Hoje odeio o amor e amar
O amor é a perdição travestida de afeto
Inicio feliz, futuro incerto....
Chega com cara de anjo e depois cara de fera
Fruta madura esquecida no pé para apodrecer
Em plena primavera....
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Non ho Fiore Nel Mio Giardino
Sinto uma espécie de paz
que me deixa agoniado...
É como acordar
com o corpo cansado
depois de muito repousado...
como continuar faminto
depois de alimentado...
Ter você incerta e distante
lamina cortante
distancia onde só cabem sonhos
e falso risonho semblante...
Não tenho certezas
apenas creio que valem
todos esses momentos
vontade com pouco alento
cada sonho sonhado
cada desejo delirado...
Chegamos em lugar
que não se pode voltar
a estrada se estreita
e as pontes que ficaram para traz
destruídas desfeitas...
se olharmos para ontem
não existem paisagens ou cenários
apenas um vazio negro
de algo imaginário
não é um olhar cego
ou vida que nego
apenas um sentimento solitário
no palco particular
com cenário de mar
onde só....eu navego
barco solitário a deriva
que apenas sonhou com águas calmas
divaga as tempestades por que passou
as que ainda vai passar
e outras que nem sonhou.
Obra Prima
Vem e rouba minhas fantasias...
Cruel...muito cruel!!
Como quem chega a uma criança
dizendo que não existe Papai Noel....
Desditosa mensageira
que faz desgosto a minha prosa
e de mim, se fez companheira....
Me perdi em sentimentos
que nunca deveria ter ou saber
quase sonhos sem alentos ou julgamento
apenas padecimento com rima
onde se sofre perfeito
quase uma obra prima...