sexta-feira, 15 de agosto de 2008

PARA QUE SAIBAS



Ritmos descompassados

Tum...bang...bum...tic...tum

É meu coração batendo torto

Enquanto o pensamento

Te busca em algum lugar.

Instrumento do tempo, inimigo meu

O relógio não para seus ponteiros

Por minha vontade

E nem os adianta pelos meus desejos

Te queria agora!

Como fazer?

Travo uma luta cruel e desigual

Fatalmente serei o perdedor dessa contenda.

Meu inimigo o tempo, ri impassível e indiferente

À minha vontade de querer-te

De corpo e beijos a saciar desejos.

A angustia me toma

Como querer-te tanto em tão pouco tempo

Se apenas o tempo me dirá se me queres igual?

E se quiseres....como tê-la mais tempo

Se não domino as horas?

Desperto para uma nova realidade

A tua realidade!

Que sai de um sonho do querer

Para uma realidade

Com forma e nome de mulher

Que gosto e quero

Depois de algumas horas de sua ausência

Escondo minha saudade sob um sorriso

Idiota e sem verdade

E quando me pergunto o que você representa

Tento me convencer

que és para mim indiferente.

Idiota que sou!

Como enganar sentimentos tão íntimos

E responder com pensamentos evasivos e mentirosos?

Tudo bem!

Esses pensamentos que emergem

De um corpo sofrido e com medo

Mas que tem como interlocutor

Um coração que não aceita inverdades ou fugas.

Apaixonadamente, entrego-me como clandestino

A essa viagem pela tua imagem de mulher

Que pode ser a nave que me leve aos céus

Ou o passaporte com passagem só de ida

Para o inferno da desilusão e da dor.

Sei que te quero

Para que vivas na minha vida e poesias

Me fazendo transgredir todas as regras e barreiras

Que hoje, só, não consigo dominar

Pois sei que sou mortal e vulnerável

Separados somos impotentes e fracos

Mas, quando duas vidas se juntam

Unidos por sentimentos e com sentimentos

Elevam-se a condição de deuses supremos

E o impossível deixa de existir.

Um comentário:

Rachel Araújo disse...

Nossa! Esse me emocionou!
Lindo demais! Obrigada!
Te adoro de montão!