Ritmos descompassados
Tum...bang...bum...tic...tum
É meu coração batendo torto
Enquanto o pensamento
Te busca em algum lugar.
Instrumento do tempo, inimigo meu
O relógio não para seus ponteiros
Por minha vontade
E nem os adianta pelos meus desejos
Te queria agora!
Como fazer?
Travo uma luta cruel e desigual
Fatalmente serei o perdedor dessa contenda.
Meu inimigo o tempo, ri impassível e indiferente
À minha vontade de querer-te
De corpo e beijos a saciar desejos.
A angustia me toma
Como querer-te tanto em tão pouco tempo
Se apenas o tempo me dirá se me queres igual?
E se quiseres....como tê-la mais tempo
Se não domino as horas?
Desperto para uma nova realidade
A tua realidade!
Que sai de um sonho do querer
Para uma realidade
Com forma e nome de mulher
Que gosto e quero
Depois de algumas horas de sua ausência
Escondo minha saudade sob um sorriso
Idiota e sem verdade
E quando me pergunto o que você representa
Tento me convencer
que és para mim indiferente.
Idiota que sou!
Como enganar sentimentos tão íntimos
E responder com pensamentos evasivos e mentirosos?
Tudo bem!
Esses pensamentos que emergem
De um corpo sofrido e com medo
Mas que tem como interlocutor
Um coração que não aceita inverdades ou fugas.
Apaixonadamente, entrego-me como clandestino
A essa viagem pela tua imagem de mulher
Que pode ser a nave que me leve aos céus
Ou o passaporte com passagem só de ida
Para o inferno da desilusão e da dor.
Sei que te quero
Para que vivas na minha vida e poesias
Me fazendo transgredir todas as regras e barreiras
Que hoje, só, não consigo dominar
Pois sei que sou mortal e vulnerável
Separados somos impotentes e fracos
Mas, quando duas vidas se juntam
Unidos por sentimentos e com sentimentos
Elevam-se a condição de deuses supremos
E o impossível deixa de existir.
Um comentário:
Nossa! Esse me emocionou!
Lindo demais! Obrigada!
Te adoro de montão!
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