sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A DAMA DE NEGRO

Quando o tempo passa,

Não pouco, mas, muito

Falamos e pensamos coisas

Por vezes

aparentemente desconexas

pensamos ser em língua estranha

como latim ou grego

quando o tema

é a dama de negro.

Como será que virá

Ou já veio

Como já nos arrebatou em seu seio

Magro mas acolhedor

De onde ninguém escapa ou evita

De viver esse estranho amor.

Ela passa a dormir na minha cama.

Não quero ou peço.

mas ela também não pede

apenas comigo se deita todos os dias

e comigo faz amor mórbido

como um ser vil e sórdido.

Onde não se da ou recebe

Sorrisos, sussurros, urros,

Ou gemidos de gozo.

Parece, que de forma não consentida por mim

Masturba o pênis da minha alma

Com sua mão feia,

Magra e fria

Me faz gozar sem prazer,

Só agonia.

Extenuado, me quedo inerte

Pelo cansaço do gozo

Que não soma vida ou prazer

Apenas me mata como dever

De alguém, que mesmo sem fome

Minha carne quer comer

Ate os meus ossos roer.

Não posso evitar dormir.

É questão de tempo

Não de sorte

não ter que fechar os olhos e dormir

e ter como companhia.... A MORTE

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