sexta-feira, 8 de agosto de 2008

TREM FANTASMA


Você nunca se foi

Apenas mandou embora o que mais não te servia

Na estação do medo com pés e mãos atados

Fui jogado dentro de um trem

Que para você não importava o destino.

O trem fantasma parte...

Comigo, mil almas também partiam

Desesperadas de dor e medo

Sofrendo por não saberem

Qual a próxima estação

Que seriam simplesmente descartados

Jogados fora... e por quem?

Quando coloco minha cabeça para fora

Para um ultimo olhar de suplica

Ou grito que jamais seria ouvido.

Tenho minha cabeça arrancada

Por algo que não sei explicar

E também não consegui ver.

Com a cabeça separada do corpo

O corpo separado dos pés

E os pés fora do chão, não era mais nada

Nem sequer um corpo inteiro eu tinha

Não sabia explicar o que aconteceu ou acontecia

Já não tinha cabeça para isso.

Você olhou de relance

Como um lance não importante

Consegui também de relance

Perceber em teu semblante

Algo que não consegui distinguir com clareza

Seria escárnio ou apenas indiferença

Por algo ou alguém que não mais te servia?

E nessa historia sem pé nem cabeça

Sigo viagem......no TREM FANTASMA....

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