quinta-feira, 7 de agosto de 2008

CARAS LEMBRANÇA
















Na tela imaginaria

Das lembranças que ainda tenho

Traço linhas também imaginarias

Procurando capturar a essência

Daquele rosto que conheci bem

Mas não consigo pintá-lo

Pois fogem da imaginação

A imagem que ainda tenho dela

Como a água que foge das mãos.

Com a dureza do aço

Forjei tua imagem

Que hoje.....

Apenas sombrias se fazem

Como as minhas mais recentes lembranças...

Parece que gastei você

De tanto pensá-la, vê-la

E tocá-la em sonhos de vontade que tive

Dormindo e acordado...

Como uma estatua de barro ainda fresco

Por carinhos de minhas mãos sem dom

Gastaram as formas

Que antes me eram caras

Tornando-as lisas e suaves

Como um pêssego que não como ou tenha.

Você foge mais veloz que eu

Com o teu colo que se foi

Não sei para onde

Pois não foi dito concretamente

O destino que tomou teu coração

Que tomou o meu coração peregrino

Que enfim, pensou ter achado seu destino

Que hoje, parece estar a mil milhões de quilômetros

Do lugar que pensava ser você

O porto final e seguro.

Sentado estou....

Sentado estarei....

Ate quando?

Não sei!

Quero comprar novos ânimos

Mas meu dinheiro pouco, pouco basta

Para apenas um sapato

Como caminhar com um só pé

Se preciso de dois para alcançá-la?

Sentado estou....

Sentado estarei....

Até quando....

Não sei....