segunda-feira, 12 de julho de 2010

Non ho Fiore Nel Mio Giardino


Sinto uma espécie de paz

que me deixa agoniado...

É como acordar

com o corpo cansado

depois de muito repousado...

como continuar faminto

depois de alimentado...

Ter você incerta e distante

lamina cortante

distancia onde só cabem sonhos

e falso risonho semblante...

Não tenho certezas

apenas creio que valem

todos esses momentos

vontade com pouco alento

cada sonho sonhado

cada desejo delirado...

Chegamos em lugar

que não se pode voltar

a estrada se estreita

e as pontes que ficaram para traz

destruídas desfeitas...

se olharmos para ontem

não existem paisagens ou cenários

apenas um vazio negro

de algo imaginário

não é um olhar cego

ou vida que nego

apenas um sentimento solitário

no palco particular

com cenário de mar

onde só....eu navego

barco solitário a deriva

que apenas sonhou com águas calmas

divaga as tempestades por que passou

as que ainda vai passar

e outras que nem sonhou.

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