sexta-feira, 30 de julho de 2010

Perdão


Ao amor que te dedico, peço perdão...
Perdão pela falta de toques

Perdão pela falta do colo
Perdão pela falta de mim em voce.
Perdão pela falta de você em mim

Perdão pela desatenta atenção

Perdão por não percebê-la frágil

Perdão por não ter me percebido tolo

Perdão por minhas necessidades de você

Perdão pelo seu cheiro que nunca senti

Perdão por seus olhos que nunca vi

Perdão pela falta de ar a cada chegar seu na minha tela

Perdão pelo brilhar dos meus olhos

Que nunca fizeram luz no seu caminhar.....

Perdão pela taquicardia a cada expectativa de sua vinda

Perdão por cada abraço desejado que ficou guardado

Perdão pelo beijo ressecado na boca

Perdão pelo prazer solitário
perdão pelo frisson e aflição de ambos os lados

Perdão pelo passeio na chuva que nunca molharam nossos corpos

Perdão por eu não ter passado de um simples amor virtual
Perdão por tê-lo sentido tão verdadeiro e real....

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Alguém





Quem é você?
Que se parece com quem eu quero
Que se parece comigo
Só que ainda não consigo me ver em ti
Também não consigo ver quem és
Como poderia
Se ainda não existimos um para o outro?
E se existimos ainda não o sabemos.
Mesmo sem saber que és
Como é teu rosto e tua voz
Teu corpo, teu gosto e teu cheiro
Ou mesmo a cor dos teus cabelos
Posso afirmar.
Terei maior prazer em te amar!
Eu. Homem que sou
Posso saber coisa não acontecidas
Pois são apenas ecos e reflexos de coisas passadas.
E sei que poderei te amar
Pois seja você quem for
Quando fores, vou te querer
E quando for alguém de verdade
Com forma, cheiro e nome
Vou tentar ver em seu rosto
Se tuas verdades, desejos e anseios
São iguais aos meus.
E se for!!
Vou te amar mais do que amo agora
Nesse meu sonho quase delírio
Você!!!
Alguém que chamo
Mesmo sem saber seu nome.
Sinto uma espécie de prazer que transborda
Te sinto perto, sei que você vem
Posso até tocá-la com a imaginação
Sentir sua pele macia
Tocando minha pele áspera, pela espera de você
Alguém muito importante
Ainda que não seja ninguém
Eu a identifico como verdadeira e existente.
Posso até imaginar o primeiro momento
Depois do toque de mãos e de bocas
Do aperto de nossos corpos
No abraço, pela vontade de nossos braços.
E nesse jogo de toques, caricias e desejos
Você desnuda os seios e a mim os oferece
E eu peço!
Me de o esquerdo!
O quero mais que o outro!
É para ficar bem junto ao seu coração
Senti-lo bater....ouvir seu ritmo
Não o ritmo do gozo que esta por vir
Mas o ritmo de sentimentos iguais e maiores
Que superam o simples desejo de dois corpos
De homem e mulher.
Ai....mesmo que não me ofereças
Vou pedir todo o teu corpo
E dele desfrutar
Cada parte e cada pelo
Cada dobra e reentrância
Todos os teus recantos
Por mais secretos e ocultos
Vou conhecer e curtir
E com todo encanto teu corpo descobrir.
E quando dois corpos forem um só
Numa simbiose consentida e querida
Que seja com amor e por amor
Para que não haja desentendimentos
Entre nossas pernas
E ofensas em nossas cabeças.
Se assim não for
Um de nos estaria despedaçado e morto
Enquanto o outro poderia estar vivo
Mas cheio de amarguras.
Ilusões despedaçadas
Coração despedaçado
Sentimentos despedaçados
Futuro despedaçado
Dentro de corpos magoados
E para o amor moribundos.
Por que não acontecer assim?
Um sonho presente, um desejo presente
De alguém ou alguma coisa futura
Para na caber na garganta
Uma voz de choro
A única que possuo mas não a quero
Amanhã quero outra voz, não essa de choro
Quero uma voz alegre que grite o seu nome.
E se no futuro
Tiver que experimentar novamente outra lagrima
Que seja por amor ou prazer
E não pela perda ou ressentimento de você
Alguém que ainda não sei quem é.
Não sei se por desejo ou encanto
Quem sabe por desencanto
Concebi você
Tão real e tão querida
Quanto desconhecida
Mas te quero!
Com o mesmo desejo de uma mulher
Que espera um filho
E ainda não sabe.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A MINHA RESOLUÇÃO

O que fazes, ó alma minha?
Coração, por que te agitas?
Coração, por que palpitas?
Por que palpitas em vão?
Se aquele que tanto adoras
Te despreza, como ingrato,
Coração sê mais sensato,
Busca outro coração!

Corre o ribeiro suave
Pela terra brandamente,
Se o plano condescendente
Dele se deixa regar;
Mas, se encontra algum tropeço
Que o leve curso lhe prive,
Busca logo outro declive,
Vai correr noutro lugar.

Segue o exemplo das águas,
Coração, por que te agitas?
Coração, por que palpitas?
Por que palpitas em vão?
Se aquele que tanto adoras
Te despreza, como ingrato,
Coração, sê mais sensato,
Busca outro coração!

Nasce a planta, a planta cresce,
Vai contente vegetando,
Só por onde vai achando
Terra própria a seu viver;
Mas, se acaso a terra estéril
As raízes lhe é veneno.
Ela vai noutro terreno
As raízes esconder.

Segue o exemplo da planta,
Coração, por que te agitas?
Coração, por que palpitas?
Por que palpitas em vão?
Se aquele que tanto adoras
Te despreza, como ingrato,
Coração, sê mais sensato,
Busca outro coração!

Saiba a ingrata que punir
Também sei tamanho agravo:
Se me trata como escravo,
Mostrarei que sou senhor;
Como as águas, como a planta,
Fugirei dessa homicida;
Quero dar a um’alma fida
Minha vida e meu amor.

Laurindo Rabelo

Mulher



Venha mulher!!!!
Fale meu nome com carinho
Como se fosse eu
Seu pássaro e seu ninho...
Venha mulher!!
Não me chame so com desejo
Para ter meu corpo em teu corpo
No tempo de um simples beijo...
Venha meu sonho!!
Promova-se de mulher a amante
Faça do sentimento amor
Sentimento não equivocado ou ignorante...
Venha amante!!!
Faça de nossos encontros uma dança
Uma cantiga de rodas
E coro de muitas crianças...
Venha mulher, amante e criança!!
Traga na sua chegada uma flor
O desejo em todo corpo
E coração transbordando de amor....
Venha amor!!
Se aninha na minha ilusão
Mas por favor não me roube
Pedaços de coração...
Ele já é teu por inteiro...
Do dia trinta e um de dezembro
A primeiro de janeiro.....

Venha meu sonho real!!
Mesmo que nunca sejas tocado
Apenas imaginado
Sonho sem forma e rosto
Muito doce mais ainda sem gosto
Amada de todo desejo
Que concede o leite da vida
Quando sugado seu peito...
Mesmo que seu amor
Não seja exatamente do meu jeito
Quero amá-lo pleno
Virtude, poesia e defeito...

terça-feira, 20 de julho de 2010

GRITO


Um grito saído do fundo da alma...
Não conseguia decifrar
Se era um grito apenas
Ou era o simples apelo
De um corpo querendo amor e amar??

Não sei....como saber o que dizem os grito
Se tudo chega embolado em conflitos
Parecendo uma dança de louco
Sem cadencia ou ritmo
Só movimentos em ebulição e agitos

Como reconhecer isso
Como se reportar a esse clamor
Que ao mesmo tempo um grito doce
E um outro de pânico e pavor???

Pavor sim!!
Se clama por alguém esse grito???
Pergunta sem resposta ou medida...
Vai chegar logo em um sonho
Ou apenas outra despedida?

Que droga!!!!
Sentimentos confusos e agonia
Querê-la novamente ou outra, por que
Se o tempo sempre mata a magia?

Se você..
Uma vinda sem partida
Se outra...
Promessa de não despedida..

Creio ser a solidão
A minha melhor medida
Não amo e não sou amado
Mas também não causo estragos....
Me firo ou provoco ferida...

Indagações


Depois de você não existiu mais calma

Pode ser dia ou noite

Era tudo agonia

Corpo e alma em açoite...

Não sei mais perceber a luz

Claro ou escuro...

Quero novamente teu colo

Onde me sentia seguro....

Agora sou apenas imagem sem reflexo

Verdades cheias de duvidas

Ou apenas indagações sem respostas

DOCE AMARGO



Não sei mais de nada
Não sei se houve troca
Se me deu o que lhe dei
Pois o que era amor declarado
Se sentiu fora da lei.....
Coração em fuga
De alguma coisa ou alguém
Agora somente escondido
De tudo, todos e ninguém....
Sina, sana loucura...
Medo ou apenas desdita
De uma alma maldita
Maldita sim!!
Maldita, chamuscada, sem forma ou cor
Pois é uma alma que queima
No fogo eterno
Do seu DOCE amargo amor....

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Lua



A lua seguida de estrela
Brilhou no céu
Fazendo brincadeirinha em meus versos
De letrinhas e papel..
Deixou seu azul nos meus olhos
Um brilho de encanto nasceu
Não sei se é dia na noite
Ou apenas um sonho meu...
Esse é meu ser
Essa é a mágica da poesia
Brilhar o sol a noite
E a lua em pleno dia

O ar que respiro tem teu cheiro.
Os sons e sussurros do vento, a tua voz
Em cada gesto seu, existia uma cor
Em meu coração um arco Iris de esperanças...
Hoje odeio o amor e amar
O amor é a perdição travestida de afeto
Inicio feliz, futuro incerto....
Chega com cara de anjo e depois cara de fera
Fruta madura esquecida no pé para apodrecer
Em plena primavera....

segunda-feira, 12 de julho de 2010


Um dia te expressei amor
Nas palavras com cheiro de flor
Depois com gestos
E até com protestos
A seguir com imagens coloridas

A pintar nossas vidas

Hoje apenas me calo

Esta sobrando silencio....

Non ho Fiore Nel Mio Giardino


Sinto uma espécie de paz

que me deixa agoniado...

É como acordar

com o corpo cansado

depois de muito repousado...

como continuar faminto

depois de alimentado...

Ter você incerta e distante

lamina cortante

distancia onde só cabem sonhos

e falso risonho semblante...

Não tenho certezas

apenas creio que valem

todos esses momentos

vontade com pouco alento

cada sonho sonhado

cada desejo delirado...

Chegamos em lugar

que não se pode voltar

a estrada se estreita

e as pontes que ficaram para traz

destruídas desfeitas...

se olharmos para ontem

não existem paisagens ou cenários

apenas um vazio negro

de algo imaginário

não é um olhar cego

ou vida que nego

apenas um sentimento solitário

no palco particular

com cenário de mar

onde só....eu navego

barco solitário a deriva

que apenas sonhou com águas calmas

divaga as tempestades por que passou

as que ainda vai passar

e outras que nem sonhou.

Obra Prima


Vem e rouba minhas fantasias...
Cruel...muito cruel!!
Como quem chega a uma criança

dizendo que não existe Papai Noel....

Desditosa mensageira

que faz desgosto a minha prosa

e de mim, se fez companheira....
Me perdi em sentimentos

que nunca deveria ter ou saber

quase sonhos sem alentos ou julgamento
apenas padecimento com rima

onde se sofre perfeito

quase uma obra prima...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Imagens



Tentei não lembrá-la mais
joguei ao fogo do esquecimento
quantidade enorme de sentimentos de você
descabidamente julgados indestrutíveis...
A cada pedaço que atirava
era como combustível...centelha
que acendia mais a chama vermelha...
e a fumaça que dela saia
mais e mais dizia
o quanto de desejos
o quanto de abraços e beijos
eu sempre quis e ainda queria...
A fumaça subia rodopiando
como o carrossel girando
fumaça de indizível multicor
como o primeiro amor
fazia contraste
com meus pensamentos cinzentos
isso tudo apenas veio mostrar
que o amor que lhe tenho
e o sentimento que hora desdenho
nem o fogo pode matar