sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Quase a Deriva

Existem bocas que falam

Mas a minha te proclama!

Existem bocas que riem

A minha sorri escancarada

Quando te percebe em qualquer lugar

Existem bocas que gracejam

A minha recita versos de amor

Por sentimentos a ti....

Existem bocas que comem

A minha devora o desejo...

Existem bocas esbravejam impropérios

É a minha reclamando da distancia

Que me separa de ti......

E xinga até mesmo o amor....

Tuas correntes

Pegam-me.... ferram-me

De maneira contundente

Ferido e ferrado por setas

Arpão e lanças.....ferido

Nado, desesperado rumo a terras distantes

Com fome e frio

Inconseqüente como quem segue um navio

Que nunca em portos atraca

Pois o mar e sua vida e dono

Eu... navio e solidão

Mentiras ou duvidas sem verdades

Temos muitas afinidades

Desejo de um porto... distancia e escravidão..



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