terça-feira, 3 de março de 2009

Funeral...


Apesar desse no na garganta

Não sei se estou triste

É alguma coisa que não sei definir

Apenas sentir e buscar sentido

Parece o avesso da alegria ou felicidade

Sem saber se esperança ou saudade

Não tem inicio ou fim

Apenas se funde a qualquer coisa que penso

Se não no inicio, no meio ou em mim

Nem sei mais definir se é bom ou ruim

Uma coisa eu sei com certeza

O que me servem nessa mesa

É banquete para um tolo.

Não tenho comando ou domínio

Sobre o que penso ou escrevo

O que sinto ou descrevo

Ou sequer do que falo

Ai vem a duvida

Se continuo....ou para sempre me calo?

Escolhi não calar

Ao invés de ser muda

Minha alma quer falar...

Falar que estou vivo e vou continuar vivo

Mais feliz do que pensei que poderia

À quarenta e oito hora atrás

Quando pensei a dor matando alegria

Nem ela nem a dor podem ser tão fortes

Quanto a minha feliz sorte

matá-la em mim....opção

fazer isso agora....vocação

E por fim....te ignoro........

Vestido em traje de gala....

Vou ao funeral da tua parte que deploro....

3 comentários:

Myrian disse...

Li alguns de seus textos e parei neste título Funeral, às vezes ir na nossa própria morte espiritual é mais fácil que sair pra tomar um ar e jogar pra fora o que nos incomoda. Gostei de seus textos e verifiquei que temos os mesmos gostos para imagens...abraços...Myrian

Ilona disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ilona disse...

Amigo, um tempo atrás tinha visto seu blog. Li algumas poesias.
Hoje, retorno para me relembrar de suas palavras sobre "Funeral". Acontece, que nesse momento passo pela dor da perda. É muito difícil quando acontece com alguém muito próximo...
Enfim, se retornei é porque me impressionou com sua sensibilidade e modo de se expressar.
Parabéns por ser um homem especial.

Abraço, Ilona Radics