terça-feira, 13 de janeiro de 2009

METAMORFOSE




Gostoso leite
Que sai do teu outro seio
Por meio desse, oferecido a mim
Com vontade e carinho
Para fazer vontade a minha poesia
E carinho ao meu desejo
Seio gostoso e verdadeiro
Que sugo com sentimento e prazer
Com o frisson de minha boca
Que prende seu bico com força
De quem quer todo o resto
Suave e grande
Para uma boca pequena
Porem faminta.
Leite que bebo
Pelo contato com teu seio
Para matar a outra fome
E para o paladar da minha outra boca
Também faminta.
Gosto que jamais será sentido
Pela minha boca de carne
E sim pela outra boca que não fala
Só sente o gosto do teu outro leite
Mas não suga o teu seio real.
Carne do teu seio
Que alimentou meu desejo
De você que quero toda
Leite do teu outro seio
Que alimentou minha alma
Com sentimentos a muito não sentido
Mas tão desejado como teu corpo
Para abrigar meu corpo
Corpo que desejo
Que me receba como casulo
E me guarde como homem que sou
E me liberte transformado
Em outro homem que serei
Graças ao calor e a química
Das tuas entranhas
E dos teus sentimentos
Se puro...ele for.

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